Quem Tem Sonho Não Cansa”,
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| Elane Correia |
Desistir dos sonhos? “Uma ova”, não perdemos a aula de sociologia.
Queridos e queridas, peço um minuto de atenção para falar de nós, do encontro de intentos, de sonhos e desejos, do nosso encontro!
Sonhos? Acredito neles, porque "nada é impossível de mudar"... Porque os nossos cansaços físicos da labuta do dia a dia para desfetichizar a nossa sociedade são acalentados pelos sonhos alinhavados por uma reflexão teórica e metodológica que nos dizem que tudo se transforma, porque tudo está emblemado por uma luta de contrários, morte e vida, a luta dos contrários, nesta sociedade seu emblema é capital e trabalho.
Este princípio nos acena para o falecimento do existente para deixar emergir o novo em algum momento, porque nada, absolutamente nada é para sempre, porque “a vida vem em ondas, como um mar num lindo e vindo infinito”, mas “nada do que foi será de novo do jeito que foi um dia... Porque tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo, tudo muda o tempo todo no mundo”... É a dialética, diz o método!
Porque “não adianta fugir, nem mentir”, nem fingir, trapacear e usar o poder dos bilhões roubados dos nossos cofres públicos com a naturalidade dos cínicos que embolsam dia a dia bilhões e bilhões de nossos suados reais, ainda se apresentando sorrindo e dizendo ao som do subtexto: Coitados! Coitados! Ainda não sabem da força que possuem, os rombos da roubaria não abalam nossas campanhas, porque distribuímos para vocês, seres sem consciência, uns meros trocados, porque os meros trocados compram as vossas consciências, porque as vossa consciências valem apenas trocados, coitados! Coitados!
Mas, “há tanta vida lá fora, aqui dentro sempre como uma onda no mar”...
Uma onda surge por entre as brumas de um Por do Sol reluzente para deixar espraiar-se por ente 2014, um outubro recheado de sonhos de primavera alinhavados por belas e preciosas ações, surgem faíscas de luzes que nos acenam as chaves das caixinhas de Pandora aonde reluzem a esperança...
Surgem Jhonatas, Hilton Coelho, Zilmar Alverita, Hamilton Assis e a Luciana Genro com suas madeixas enoveladas de milhões de ousados...
Surgimos nós, uma onda conquistense de pessoas desejosas por um mundo onde sejamos iguais, não obstante as nossas diferenças humanas, que estávamos distribuídos em nossos espaços de forma solitária, e, hoje, nos encontramos em nossos desejos e somos agora tantos, não é? Bacana e singular foram as formas variadas desse encontro, nas ruas, nas sorveterias, nos terminais de ônibus, nas Universidades, no Ifba, no Facebook. O enlace se deu por conta de nossas camisas que trazem no peito o sol ensolarado de força, cujo magnetismo propiciou o encontro de nossos olhares...
Lembro de cada momento inicial de nossos encontros como se fosse um filme... Foi um encontro de emoção! Afinal, “a razão faz o que o coração pede”...
Surgem em todos os cantos de nossa Bahia as faíscas de olhares e ideias de construção de um mundo de felizes, onde haja a plena realização da humanidade, com beleza e força, com sensibilidade e força, com alegria e força, com coragem e força, “com uma onda no mar” que se alargará por entre as pedras, porque as pedras não conseguirão reter a força das ondas...
Ondas que traçam no horizonte o dia ensolarado da dança de nossas crianças sob o tom da alegria de viverem em um país de homens e mulheres destemidos, e corajosos... De bailarem para lá e para cá sob a harmonia de não mais viverem a dor da falta de tudo...
Porque as pedras não detém a ousadia das ações, da luta destemida contra a safadeza política que emblema o nosso machucado chão, detentor de um processo eleitoral brasileiro marcado em sua alma por uma espiral degradada pelo poder econômico das grandes empresas, empreiteiras e os “mensalãos” e “mensalinhos” alimentados mediante os escombros dos nossos cofres públicos (Petrobras e etc e tal). A espiral da sem-vergonhice política se alarga desavergonhadamente sem limites, aprofundando-se em cada eleição... “Mas tudo passa, tudo sempre passará, a vida vem em ondas como um mar”, assim diz a canção...
... Porque as pedras não limitam o poder das ideias, porque as ideias são atemporais quando revolucionárias, são poderosas quando enoveladas pela Práxis... As pedras serão uma a uma roladas pelo esgoto afora, porque tudo se transforma e o processo de fetichização da sociedade tem um tempo, o tempo da mudança engatada pela consciência...
‘Uma ova” que desistiremos da vida, porque não faltamos a aula de sociologia e, por isso, sabemos que as ideias dominantes de uma época são as ideias da classe dominante” e, ainda mais, que “a historia de toda a sociedade até aos nossos dias nada mais é do que a história da luta de classe!" É o antagonismo entre capital e trabalho imprimindo o tom da luta histórica. Esta luta existe porque existe um “punhado” de ricos, detentores de todas as nossas riquezas, explorando uma maioria que possui tão somente a sua força de trabalho; e a obsessão pelo lucro e pela roubalheira é o único motivo movedor desses senhores do capital, que assombreiam a nossa sociedade de bolsas família com o intento, o único intento de preservar o seu soberbo desejo de se perpetuarem no poder para continuarem sugando as veias de nossos cofres e de nosso povo...
É a classe dominante deste país buscando perpetua-se, através de faces assombreadas de vontades de se reproduzirem mediante a hegemonia do consenso.
Mas, as ondas varrerão da consciência de nosso povo o merecimento de somente merecerem uns trocados pífios, que são os valores das bolsinhas, e a história, certamente, tomará outros prumos quando a alienação descer as raias da compreensão do devido valor e força que o nosso povo tem, o valor da não exploração e da força de exigirem o direito de serem, verdadeiramente, felizes...
E nós, da resistência, Jhonatas, Hilton, Zilmar, Hamilton Assis, Paula Vielmo, Jorge Luis, fortaleceremos o nosso canto a cada dia para que todos os ouvidos do nosso “machucado Chão” possam embriagar-se com a nossa melodia, para assim cortarmos " o mal bem pelo fundo , para que bem unidos façamos uma terra sem amos...
Porque queridos e queridas, o moinho movido a braço nos deu à sociedade dos senhores feudais; o moinho movido a vapor e as indecências soberbas do famigerado capital a sociedade dos capitalistas industriais, e o moinho movido pela dignidade, pela luta e certeza de que nunca, nunca, nunca rifaremos os desejos e princípios primordiais de nossa gente nos dará a sociedade sem AMOS.
A mudança está começando aqui e agora, com alegria e ousadia, são eles e elas, somos nós:
Luciana Genro: “Acredito que nós já somos vitoriosos, porque tivemos a oportunidade de pautar temas que nenhum outro candidato pautou. A luta pela tributação dos bancos para que os milionários paguem mais impostos, pelos direitos dos LGBTs, pelos direitos das mulheres, pelos direitos de todos aqueles que são oprimidos por um sistema político que está sendo repudiado pela maioria do povo. Eu tive a oportunidade de vocalizar essas bandeiras e é por isso que eu me sinto vitoriosa independente do resultado das urnas”
Jhonatas Monteiro: “Com 99,48% das urnas apuradas alcançamos 23.291 votos, o que nos torna a candidatura a deputado estadual mais votada do PSOL na Bahia e a quarta candidatura com maior número de votos em Feira de Santana. Consideramos esse resultado uma grande vitória, e a confirmação de que o nosso método de fazer política, com lisura e defendendo os interesses da maioria da população, é acertado. Infelizmente o PSOL não conseguiu atingir o COEFICIENTE ELEITORAL e não teremos um deputado estadual na Assembléia Legislativa da Bahia, mas o reconhecimento à nossa luta, traduzido na votação expressiva que tivemos, só nos dá a certeza que é preciso continuar apontando alternativas para a construção de uma nova política e uma nova sociedade. Sigamos na luta!”
Hilton Coelho: “Nossa atividade política, a ação do PSOL, não se resume e não cessa com as eleições ou ação institucional. Continuamos com o Mandato da Resistência que ocupamos na Câmara Municipal de Salvador e como militantes que somos, seguimos atuando, organizando e participando dos diversos setores populares como o sindical do setor privado e servidores estaduais, municipais e federais, sem teto, indígena, estudantil, cultural, sem terra, LGBT, negras e negros, feminista, meio ambiente e outros. Não podemos deixar que a falta de perspectivas e a tragédia social que o Brasil e a Bahia vivem continuem existindo. Agradeço os até agora 21.288 votos recebidos. São símbolos eloquentes de que nossas ideias e ideais encontram eco e se reproduzem. Agradeço à militância, ao PSOL e a todas e todos por esta vitória política coletiva. Um grande e fraterno abraço a todas e todos.”
Hamiltom Assis: “propõe uma nova forma de fazer política, que priorize verdadeiramente os interesses da maioria da população e que enfrente as velhas estruturas de poder que negam dia após dia os direitos do povo. Está na linha de frente na resistência popular, na luta da população negra, contra a intolerância religiosa, pelos direitos dos povos indígenas e em favor da garantia dos direitos para toda a população”.
Zilmar Alverita “Uma militante feminista, que luta em defesa dos direitos das mulheres, da comunidade LGBT e pelos direitos dos trabalhadores”. A nossa litih contemporânea, a nossa guerreira.
Paula Vielmo: Nós acreditamos!!!!
Jorge Luis, com gosto da ousadia do cravo e a força da canela reescreve as linhas de Ilhéus.
Somos nós em todos os cantos e recantos de nosso país
Um breve balanço no Brasil:
Em 2010
PLÍNIO = 886.816 (0,87%)
1 senador RANDOLFE RODRIGUES (AP)
3 deputados federais
CHICO ALENCAR (RJ)
JEAN WYLLYS (RJ)
IVAN VALENTE (SP)
4 deputados estaduais
EDMILSON RODRIGUES (PA)
MARCELO FREIXO (RJ)
JANIRA ROCHA (RJ)
CARLOS GIANNAZI (SP)
Em 2014
LUCIANA GENRO = 1.612.224 (1,55%) = (crescimento de 78% em relação ao percentual de 2010 e de 81% em relação ao número de votantes)
senador = nenhum
5 deputados federais = bancada cresceu dois terços
EDMILSON RODRIGUES (PA)
CHICO ALENCAR (RJ)
JEAN WYLLYS (RJ)
CABO DACIOLO (RJ)
IVAN VALENTE (SP)
12 deputados estaduais = triplicou a bancada
FABRÍCIO FURLAN (AP)
PROF PAULO LEMOS (AP)
RENATO ROSENO (CE)
EDILSON SILVA (PE)
MARCELO FREIXO (RJ)
PAULO RAMOS (RJ)
FLAVIO SERAFINI (RJ)
ELIOMAR COELHO (RJ)
DR. JULIANELLI (RJ)
CARLOS GIANNAZI (SP)
RAUL MARCELO (SP)
PEDRO RUAS (RS)
Além dos eleitos, cabe destacar as expressivas votações dos candidatos ao governo do RJ TARCÍSIO MOTTA 712.734 (8,92%) e do RN PROF ROBÉRIO PAULINO 129.616 (8,74%).
É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos, acredite neles."
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