segunda-feira, 31 de maio de 2010

A falta de cuidado no planejamento da vacinação contra meningite C



A capital baiana tem uma população de 2.998.056 (apontado por dados de 2009 pelo wikipedia) e é provável que atualmente esse número já tenha ultrapassado 3 milhões. A campanha de vacinação contra meningite tipo C poderia ter sido planejada e organizada pelo setor competente do Estado para aplicação das doses da vacina nos jovens de até 14 anos nas escolas do município e evitar o tumulto acontecido no domingo 30/05/2010 nos postos de vacinação.

O planejamento para uma campanha dessa magnitude em se tratando de prevenção de surto de doença que vem causando a morte de várias pessoas nos últimos meses poderia ter sido distribuídos de forma a evitar que a população dormisse em locais de aplicação da dose da vacina. O conjunto de medidas preventivas deveria começar ao se pensar que o número de pessoas que ia se imunizar praticamente ocasionaria filas enormes. Uma ação preventiva para não causar os transtornos ocorridos seria distribuir a vacinação nas próprias escolas do município para facilitar o processo e agilizar o tempo e diminuir as enormes filas formadas pelas pessoas que tiveram que dormir em locais de aplicação da vacina, demonstrando uma fragilidade do sistema público de assistência a saúde da população.

Os 50 postos de saúde do município se tornaram pequenos para tanta gente junta ao mesmo tempo e as pessoas não tem culpa pelo prazo de aplicação da vacina preventiva ter sido tão curto. Dois dias apenas não seriam suficientes, haja vista, a falta de planejamento, tendo o Estado que usar poder de polícia para contornar a insatisfação das pessoas ficaram cerca de 11 horas esperando para tomar a vacina.

sábado, 29 de maio de 2010

UMA IRREVERÊNCIA NA CRIMINALIDADE


A edição do Jornal da Metrópole número 100 aponta um grave problema social na vida dos brasileiros. A Bahia passou a superar os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro com maior índice de criminalidade, medidos em 1º lugar Bahia com 64,16%, em 2º lugar São Paulo com 38,8% e em 3º ligar Rio de Janeiro com 23,3%. O problema da violência vem se agravando nos últimos 06 anos e o descontrole dos crimes está cada vez mais assustador, haja vista, que não existe um medidor de “causa mortis” para explicar porque tantas vidas são ceifadas de forma brutal e cruel.

Os programas sociais de inclusão dos jovens no mercado de trabalho não são suficientes? A liberdade em demasia está provocando nos criminosos o poder de matar sem punição? Ou na verdade as leis estão sendo ignoradas e tudo vai se arrastando sem medidas preventivas e urgentes para contornar os efeitos do crime. A onda de violência instalada por toda parte atinge até autoridades policiais que ficam refém da própria criminalidade. Os homicídios que antes atingiam pessoas comuns atualmente acentuaram em todas as classes sociais.

Não se pode apelidar essa mácula criminosa só de falta de segurança, mas também dos efeitos da má distribuição da renda per capita da população. É precioso reformular a pirâmide da renda nacional distribuída na menor fração da população. O índice de desenvolvimento do país atualmente aponta dados que contradizem com a realidade. A educação pública está sucateada, a saúde pública desmoronada, a moradia selecionada e a renda concentrada. Tudo isso em convívio nas mesmas cidades e nos mesmos estados, algo mais que perfeito para os mais miseráveis economicamente se enfureçam a praticar os crimes como forma de demarcar seus limites entre aqueles que os desprezam na sociedade como um todo. A escola, o emprego e a saúde deixaram de ser de todos (todos os pobres), ficando a favor da camada social mais instruída ou daqueles que servem apenas como mão-de-obra desse conjunto.

Cruzar uma avenida, entrar em um banco, viajar por uma estrada ou simplesmente sair de casa passou a ser algo onde temos que contar com a sorte. Porque se vacilar o bicho pega. Aí vem a pergunta. Pra que tanta riqueza? Por que tanta miséria? Isso não é o bastante para os gestores públicos repensarem numa nova fórmula para solucionar estas perguntas sem que ninguém mais morra e a sociedade possa viver com maior segurança e tranqüilidade.

A matéria exibida pelo Jornal da Metrópole em 20/5 traz de volta a velha reflexão para os eleitores que se assemelham pelo direito de exercer a democracia através do direito de votar, mas de não poder cobrar de volta o seu direito de cidadão. O Estado da Bahia com os seus 417 municípios e com uma população demograficamente crescente precisa de mais dignidade e mais ações que possam reverter essa triste realidade da página do crime.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Entrevista do secretário de educação da Bahia na Rádio Tudo FM


A Rádio Tudo FM abriu espaço para entrevista do secretário de educação do Estado da Bahia nesta quinta-feira 20/05/2010 no início da manhã. O secretário explanou acerca da estrutura da educação da rede de escolas públicas da Bahia e abordou aspectos relevantes como o dissídio de categoria dos professores, a recuperação das escolas degradadas, o nível de ensino no sistema público escolar e os custos da educação do sistema público educacional do Estado. O Estado gasta atualmente 27% com ensino publico, ultrapassando os 25% que é destinado a educação e tem como meta levar a internet às 1544 escolas públicas do Estado da Bahia até o final de 2010, segundo o secretário. Fatores como a violência nas escolas será tratada com mais seriedade através da guarda municipal que tem a missão de contornar os problemas mais próximos do entorno da unidade escolar com o fim de fazer um trabalho diferenciado ao da polícia comum que é proteger o cidadão como um todo.

O secretário informou que o Estado está reformando cerca de 700 unidades escolas com um custo de R$ 40 milhões sem a contabilização dos prejuízos causados pelo vandalismo. Apenas reabilitando as escolas com a infraestrutura da escola digna para o estudante e para o professor de um modo geral. Os problemas de pichações e quebra de objetos das escolas estão sendo resolvidos pelos próprios diretores das escolas. Para o secretário a inovação que está levando aula virtual até a sala através de um professor central que transmite a aula por internet transformada para imagem de uma TV de 40 polegadas tendo um professor monitor na própria sala de aulas para os alunos assimilar os assuntos vai melhorar a qualidade do ensino.

Dentre as várias perguntas feitas pelo radialista Raimundo Varela ao secretário foi abordado a questão da merenda escolar e o secretário categoricamente respondeu que o MEC disponibilizou a merenda para todas as escolas e cada escola administra uma verba a parte para comprar de pequenos produtores frutas como banana, melancia, jaca etc. para compor o tradicional cardápio já existente na merenda dos alunos. O secretário afirmou que o governador Jaques Wagner encontrou as escolas em péssimo estado e aos poucos está recuperando todas as unidades para dar credibilidade ao ensino público na Bahia.

terça-feira, 18 de maio de 2010

NAMORO POLÍTICO: PMDB confirma Michel Temer como vice de Dilma



A Executiva do PMDB aprovou hoje, por unanimidade, o nome do deputado federal Michel Temer (SP) como pré-candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pela ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, do PT. "Aprovamos por unanimidade a indicação do presidente Michel Temer para compor a chapa de vice da ministra Dilma", disse o líder do partido no Senado, Romero Jucá (RR). "Depois aprovamos a indicação para composição majoritária da questão de aliança dos partidos da base PT e PMDB".

O parlamentar fez questão de ressaltar que Temer, presidente do PMDB e da Câmara, representa a unanimidade da legenda. "O presidente Michel Temer é praticamente uma unanimidade no partido. Existem muito poucas vozes dissonantes. A decisão da Executiva foi unânime e representa a unidade do PMDB." O anúncio oficial da aliança entre Temer e Dilma para concorrerem à sucessão presidencial ocorrerá no dia 12 de junho, na Convenção Nacional do PMDB.

Fonte: http://www.atarde.com.br/politica/noticia.jsf?id=2502601

domingo, 16 de maio de 2010

O custo da corrupção no Brasil

Porque o país não cresce? Por que ainda existe pobreza? Uma pesquisa da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) divulgada em 13 de maio de 2010 pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia aponta que o custo da corrupção representa entre 1 e 2,3% do PIB nacional. O desvio pela corrupção permeia o patamar de R$ 41 a 69 bi a cada ano, dificultando setores como saúde, educação e saneamento básico no país.


Organismos internacionais apontam que dos 180 países mais corruptos no mundo o Brasil ocupa a 75ª posição (dados de 2009), o que significa uma perda muito grande em se tratando de distribuição de renda per capita. Uma boa reforma política, fiscal e tributária seriam os meios mais eficientes para diminuir tamanha sangria do patrimônio econômico que poderia está sendo usado para resolver problemas relacionados com a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros, além da reforma administrativa.


O relatório da (FIESP) serve de alerta para o povo brasileiro ficar atento para os gestores públicos que não faz prestação de conta a sociedade dos gastos do dinheiro público, principalmente divulgar os orçamentos públicos para que a população tenha acesso aos gastos das verbas destinadas a realização de obras-de-infraestrutura, como é a maioria dos casos de desvios de dinheiro público.


A contra prestação de contas do dinheiro público ainda está engavetada por falta de apelo e atuação do cidadão brasileiro que se acomoda achando que os políticos são os únicos responsáveis pelo destino do gasto do dinheiro público. A pesquisa da (FIESP) é apenas o eixo da engrenagem para servir de alerta do tamanho da perda do dinheiro público que poderia está sendo utilizado devidamente em outros setores da sociedade e melhorando a vida dos brasileiros em todas as classes sociais e mudando as estatísticas da pobreza do Brasil. Enquanto isso não acontecer fica a pergunta. Para onde vai o dinheiro?


Joildo Ferreira

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O viés da política baiana nas eleições 2010


É hora do disse-me-disse, da troca de figurinhas e dos burburinhos entre aqueles que buscam uma cadeira no cenário político das eleições 2010. Na disputa, Souto, César Borges, Geddel, Jaques Wagner, Fabinho, Nilo Coelho, José Ronaldo, ACM Neto, Pelegrino, Walter Pinheiro, o próprio Prefeito João Henrique e outros nem se preocupam com os ex-Valdir Pires, Roberto Santos e João Durval porque a situação na Bahia não anda muito boa. O festival de entrevistas promovidos pela Rádio Metrópole pela passagem dos 10 anos de programação da Rádio na cidade de Salvador, trouxe até o candidato tucano, José Serra para dar uma entrevista acerca da sua candidatura a Presidência da República para confrontar a candidata petista Dilma Rousseff. Um perfeito momento para o cidadão baiano perguntar a qualquer um destes políticos com quanto de verba se instalaria “UM MINI-METRÔ DE 6Km”, haja vista, o consumo de R$ 1 bi sem os trilhos ser colocados no lugar e nos primeiros dias de maio/2010 a atual prefeito de Salvador, João Henrique, assinou o recebimento e a entrega de + R$ 12 milhões, destinados ao mesmo “metrô fantasma”.

Quando nossos companheiros políticos são entrevistados na Rádio Metrópole pelo então ex-prefeito de Salvador e radialista Mario Kertesz, as indagações são quase semelhantes e não existe condenação para quem administra o dinheiro público nem para quem promove o caos social em que o Estado da Bahia se encontra. As escolas, os postos de saúde, os hospitais, as ruas das cidades, as estradas, os serviços, a segurança pública, o atendimento do INSS, o desrespeito no trânsito, as leis que não são cumpridas e outros tantos serviços que o estado faz questão de ignorar perante a cidadania do Estado da Bahia.

É muito bonito aparecer para um veículo de comunicação que está na mídia, como é o caso da Rádio Metrópole, a quem assisto todos os dias, e dizer algo em torno do ouvinte que pretende mudar ou implantar um projeto que se suicida depois dos resultados das eleições e quatro anos depois a cena volta a se repetir diante do mesmo grupo de eleitores que prevê na democracia uma forma justa e digna de empossar pessoas capacitadas e comprometidas com a sociedade como um todo, através do voto democrático.

O trecho a seguir entre aspas extraído da entrevista do ex-governador Roberto Santos ao Jornal Tribuna da Bahia em 05/05/2010 fala de uma disputa de coerência entre os partidos. Quando fala do PSDB e do DEM, sem citar o PT. “A alternância de poder é salutar, desde que as pessoas que já estão há tempos no poder público possam esgotar seu potencial”. Ele afirma que a Bahia está bem melhor do que era antes, principalmente no momento atual – diz na entrevista.

“O Lula fez o que ninguém fez pelo Brasil” e há quem diga que a dívida externa não era nada. Talvez porque não estudou história e política ou não lê sobre o início da ex-dívida externa do Brasil que teve seu nascimento no Brasil Imperial. Tem gente querendo ser imperial na política brasileira, mas a razão para isso está na falta de conhecimento das pessoas.

Quem é bom para a Bahia, para as cidades, para os problemas sociais? Salvador parou no tempo e Feira de Santana cresceu – momento em que o PMDB perdeu o glamour de alguns políticos local e o PFL assumiu a liderança política da cidade através do ex-prefeito José Ronaldo que administrou a cidade de Feira de Santana por dois períodos de 4 anos e posteriormente fez sucessor o médico Dr. Tarcízio Pimenta Junior. O estado ficou no poder do Carlismo durante muito tempo e não se avançou na educação, basta ir até Umburanas ou Casa Nova no interior do Estado para se ter noção da desgraça em que se encontra as pessoas. Os BLOGs e TWITTERs soam os sinais de muita peculiaridade entre o fazer e o prometer, mas a certeza de conquista de um veículo a mais para navegar na “rede mundial” não garante certeza para os que lêem as informações contidas.

As coligações partidárias são forças que buscam o fortalecimento do somatório dos votos depositados nas urnas eleitorais em detrimento da bancada e quando este fortalecimento for revertido em prol dos problemas anteriormente comentados neste texto, ficará a maioria absoluta da população em estado de alerta para colher frutos da escolha perfeita da gestão pública e resenhar as melhorias que se propõe em disputas mais adiante.

Joildo Ferreira