quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Quebra na produção agrícola feirense deve chegar a 80%

Safras de feijão, milho e mandioca, as três principais culturas do município, deste ano deverão oscilar entre 14.229 toneladas e 21.344 toneladas.

A quebra na produção agrícola de Feira de Santana deste ano, devido ao longo período da seca, oscila entre 70% e 80% em relação ano passado, que já tinha caído 13% em relação a 2010.
De acordo com a Secretaria de Agricultura, as safras de feijão, milho e mandioca, as três principais culturas do município, deste ano deverão oscilar entre 14.229 toneladas e 21.344 toneladas.
São números bem abaixo da safra do ano passado. De acordo com o IBGE, o município colheu 71.146 toneladas contra 80.328 de um ano antes. Grandes prejuízos para o campo e para a cidade. Safra em queda, preços em alta.
No campo os agricultores não colherão uma safra que lhes garanta renda e comida nas suas mesas. Na cidade os efeitos já podem ser sentidos nas contas domésticas, com o excessivo aumento nos preços destes alimentos.
O agrônomo da Seagri, Joedilson Freitas, disse que em alguns distritos, com Bonfim de Feira e Jaguara, a perda foi total. “Neste ano não tivemos uma quantidade de chuvas suficientes para garantir a safra”.
Estes dois distritos, mais Tiquaruçu, Governador João Durval Carneiro e Matinha, por estarem mais próximos do semiárido, sofreram mais com a falta de chuvas ou a sua pouca quantidade.
Nem Humildes, localizado no recôncavo, área onde os índices pluviométricos são diferenciados em relação aos demais, escapou. De acordo com o agrônomo, as perdas naquela região foram acentuadas.
Para ele, os problemas na safra da mandioca serão sentidos no próximo ano. “Quem está colhendo plantou no ano passado”. Como não neste ano as chuvas foram poucas, a área plantada com o tubérculo caiu. Resultado: farinha ainda mais cara em 2013.
Mesmo com a seca, a Prefeitura comprou e distribuiu 80 toneladas de feijão e 25 de milho para 3.130 pequenos agricultores, por meio de 25 associações. Como não houve plantio, o governo crê que as sementes poderão ser usadas no próximo ano, caso as condições do solo permitam.
Joedilson Freitas desaconselha o consumo das sementes, porque receberam tratamento à base de defensivos agrícolas.
BATISTA CRUZ
postado 07-12-2012 15:45

Nenhum comentário:

Postar um comentário