O setor de planos de saúde é o responsável por gerar mais queixas em
2012, segundo o ranking anual do Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor (Idec). O órgão também destaca o setor financeiro, produtos e
telecomunicações entre os que mais geram problemas aos consumidores.
Segundo o Idec, pelo 11º ano seguido, os planos de assistência médica
lideram o relatório de atendimentos do Idec. O principal motivo seria o
crescimento dos planos coletivos ou falsos coletivos (oferecidos a
pequenos grupos de consumidores), já que há ausência de regulação da ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar) para esses tipos de contratos.
As principais queixas dos consumidores ao Idec são: negativa de
cobertura; reajuste por faixa etária e anual; e descredenciamento de
prestadores de serviço.
Campeão de reclamação no Procon-SP, o setor financeiro (banco, cartão
de crédito, crédito e consórcio) é o segundo colocado na lista do Idec.
Assim como aponta o Banco Central, cobrança indevida de tarifas e de
serviços não contratados está entre os motivos mais reclamados. Outras
queixas dos consumidores são endividamento, taxa de juros, portabilidade
de crédito e inscrição em cadastro de maus pagadores.
Em terceiro lugar, o Idec indica o setor de produtos. Assim como
apontou o Sindec de 2012 (Sistema Nacional de Informações de Defesa do
Consumidor), os celulares, eletroeletrônicos e eletrodomésticos da linha
branca são fortes responsáveis por esse índice expressivo de demandas
não solucionadas. De acordo com o ranking do Idec, os principais
problemas no setor são: defeito; questões de garantia; falta de
assistência técnica; e descumprimento do prazo de entrega.
A telefonia é outro setor problemático. Em consonância com os dados da
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), na telefonia móvel, as
queixas mais recorrentes dizem respeito à falta de sinal e à queda nas
chamadas. Na telefonia fixa, as reclamações mais recorrentes são
cobrança de minutos excedentes ao plano e cobrança por serviço não
solicitado. Na TV por assinatura, falta de sinal; na banda larga,
velocidade de navegação.
O total de orientações em 2012 foi de 9.413, das quais 5.413 se referem
a dúvidas sobre relações de consumo e 4.000 sobre o andamento de ações
judiciais.
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